“A profundidade da prática não pode ser vista pelo asana. Alguém que pode fazer um backbend e agarrar seus tornozelos não vai ser mais avançado em sua prática do que alguém que tem dificuldade em flexões para a frente ou é rígido. Isso não faz diferença, não é isso que está em questão nesta prática. (…) Eu acho que há um valor em seguir um sistema que é tão objetivo, então o sistema vinyasa do Ashtanga Vinyasa Yoga, a idéia de um certo movimento e então esta pose e, em seguida, um certo movimento e aquela pose, é estática de certa forma, ela é objetiva por existir como é, independente do que eu quero fazer. Moldar a mim mesmo para dentro deste sistema é o que cria a mudança. Se eu fizer o que eu quiser ou se eu adaptar esse sistema para as minhas próprias preferências, então eu vou fortalecer as áreas em que já sou forte ou enfraquecer as áreas em que eu sou fraco. Eu vou só basicamente fortalecer minhas preferências. A prática, qualquer prática, qualquer prática de meditação (que é o que isto é) deve revelar as nossas preferências. Deve ser um espelho onde olhamos a nós mesmo e que nos permite enxergar-nos, não uma expressão de mim mesmo. Então, eu encontrei um grande valor em seguir a prática como ela foi apresentada a mim, o mais perto quanto posso, e é interessante ver as partes que eu não sigo ou não segui porque essas são, geralmente, as partes em que eu realmente preciso trabalhar.”
David Robson