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Yoga

SAVASANA

SAVASANA 150 150 Kaka

Para aqueles que, como eu, são ligados na tomada, adoram um dia cheio, mil atividades e estar em constante movimento, o savasana, conhecido como a “postura do cadáver”, pode vir a ser um grande desafio, muitas vezes, bem maior que o desafio dos próprios ásanas.

E sem entrar na discussão sobre se “savasana” é ou não um ásana,

“It is importante to take rest after the practice. Many mistakenly call this savasana, but this in incorrect. No asana is being done here; one is only resting from the asana practice. This is called sukhasana.” (É importante descansar após a prática. Muitos, erroneamente, chamam isto de savasana, mas é incorreto. Nenhum ásana está sendo executado aqui; apenas o descanso da prática de ásana. Isto é chamado sukhasana.) (livre tradução) (“Astanga Yoga Anusthana”, de R.Sharath Jois, página 83)

o fato é que ele traz consigo uma lista de benefícios, que vão desde relaxamento completo, redução do estresse, da pressão arterial, melhora da qualidade do sono, até a preparação da mente e do corpo para práticas meditativas, por exemplo.

A despeito de, não obstante, conquanto…, e de certo modo, envergonhada confesso que até hoje, apesar de meu tempo de prática, não consigo deitar em savasana ou sukhasana.

Normalmente, ao finalizar minha série, sinto-me inteiramente revigorada, cheia de energia e louca para sair pulando, sendo muito difícil aquietar o corpo nesta posição. O que tenho feito então é sentar, respirar por uns 10 minutos e, após isso, entoar mantras, e para mim, tem funcionado.

Mas, houve um período, ainda no meu primeiro ano de prática, em que eu fui capaz de silenciar a mente e o corpo em savana (sukhasana), e lembro que era bom.

Sigo na expectativa de quebrar padrões e, quem sabe, sentir as sensações que descrevi em 2012 neste pequeno texto, e que agora compartilho em primeira mão com vocês.

Quem vem comigo?

Morto-Vivo

Não sinto intensas as sinapses e nem o trabalho incansável de meus neurônios, mas ouço meus pensamentos, agora já não dominados por palavras; meus pensamentos estão polvilhados de sensações.

Tenho o corpo estendido no chão; meus braços acompanham sua linha, emoldurando-o; a palma de minhas mãos voltadas para cima, tem um leve formigamento; ombros e quadris, colados ao chão, parecem ter sido fixados; as pernas estão levemente entreabertas, formando um “v”; meus joelhos pendem lateralmente, fazendo com que meus pés se posicionem nesta mesma direção, externa.

Tudo me parece externo e longe. Só eu estou aqui, dentro de mim, eu e mais ninguém. Estranhamente não me sinto só. Sinto a plenitude de estar em minha companhia.

Nos instantes que precedem o vazio da mente, sinto o ar entrando lenta e fortemente em meus pulmões, que se expandem como dois balões, e com a mesma intensidade com que entrou, sai por minha boca entreaberta, que emite um suave som durante toda a exalação. Um suspiro, longo, audível, que me esvazia.

Um cadáver pode estar tão vivo … – Minha mente insiste em mais um pensamento, que logo é afastado pela sensação de bem-estar extrema que invade meu corpo inerte.

Agora só há espaço para o sensorial. Sinto o sangue correr com calma por minhas veias; por onde passa, vai pintando com sua cor carmim, tão viva, parece ter purpurina.

Ouço a respiração compassada e forte daqueles que estão no mesmo ambiente; a cadência de sua respiração me lembra o mar, não o mar tranquilo, mas um oceano revolto, ondas fortes, grandes que, quando quebram na areia branca, parecem rugir.

O mar bravio, tão vivo…
Eu, tão viva …
Um cadáver, tão vivo.

Tudo se aquietou. Não há movimento, nem vozes ou palavras, pensamentos, sensações, corpo ou respiração.

Silenciei.

Permaneço assim, em shavasana, a postura do cadáver, parte final de minha prática diária, por aproximadamente dez minutos.

Antes de abrir os olhos, apenas sinto. Meu corpo está ali, vivo, cheio de uma energia que percorre cada canto seu, e o arrepia.

Enrolo meu tapetinho.

Artigo por Carla Debiasi.
@carladebiasi

Ciclos Lunares

Ciclos Lunares 150 150 Kaka

Assim como os ciclos lunares possuem forte influência nas marés, eles exercem influência também no nosso corpo e consequentemente em nosso comportamento. Através da prática de Yoga nos mantemos mais atentos e conectados com a natureza, facilmente percebemos a agitação provocada pela lua cheia e a calmaria da lua nova, por isso é importante se observar e principalmente respeitar esses picos de energia provocados pela mudança da lua.

De acordo com a tradição do Ashtanga Yoga, nos dias de lua nova e lua cheia, descansamos das práticas de asana (posturas).

O sol e a lua exercem efeitos gravitacionais sobre o planeta terra, e em suas diferentes posições, criam diferentes potenciais de energia que afetam nosso corpo e mente. Nos dias de lua cheia e lua nova, esses efeitos gravitacionais são mais pronunciados.

Os dias de lua cheia correspondem a uma força de prana (inspiração/ influxo de energia) mais pronunciada. Esta energia expansiva, nos faz sentir mais energéticos e sensíveis, porém menos centrados. Já a energia da lua nova, corresponde a força de apana (expiração/ eliminação de toxinas) mais pronunciada. Esta energia de contração, nos faz sentir mais calmos e centrados, porém menos inclinados a fazer esforço físico.

Quando a prática é feita diariamente, ficamos mais conectados com estes ciclos naturais. Estes dias de descanso são importantes não somente para regenerar as energias, mas também um momento para reconhecer e honrar estes ritmos naturais. Além disso, nos dias de lua recomenda-se dedicar um tempo para leitura e estudos da filosofia do yoga.

Consulte a secretaria para saber o calendário lunar para os próximos meses.

Uma reflexão sobre o Sūtra 2.1

Uma reflexão sobre o Sūtra 2.1 2048 1365 Kaka

Se engana quem pensa que o Yoga em ação é apenas a prática de asanas (posturas). Que a beleza da prática está na estética performática e que ter uma prática avançada é colocar o corpo em formas complexas.
Para Patanjali, o Yoga em ação envolve a autodisciplina (Tapas), o autoestudo (Svadhyaya) e uma atitude de entrega ao divino (Isvara Pranidhana), (Sūtra 2.1).

Uma prática austera, disciplinada, feita sem interrupções, por um longo período de tempo (Sūtra 1.14), nasce de um profundo desejo de purificar nosso ser por inteiro, alinhando, assim, o nosso agir, a nossa fala e o nosso pensar.

Tapas é o fogo purificador que encontramos quando nos dedicamos de forma disciplinada à uma prática espiritual. É o encarar diariamente nossas dificuldades, fortalecendo nossa mente e nosso corpo, deixando-os mais puros. É mover-se para se transformar, sabendo que toda transformação envolve (em algum nível) um desconforto. Praticando tapas, purificamos nossas ações e estaremos assim, no caminho do Karma Yoga.

Svadhyaya vem de um constante estudo do si mesmo, seja através de uma auto-observação que se faz presente na atenção à todas as nuances e detalhes que fazem parte da prática (o que comi, como dormi, como me movimento no dia a dia, como me relaciono e etc) e como tudo isso nos afeta, seja também em se debruçar nas leituras dos textos sagrados (Bíblia, Bhagavad Gita, Yoga Sutras, entre outros…) que nos aproxima da nossa verdadeira natureza. Colocar nosso coração no entendimento desses ensinamentos, em cada palavra, ler e reler as escrituras pois elas falam, em última instância sobre o Eu. Buscando o conhecimento da verdade do Eu, estaremos praticando Jñana Yoga, e assim, purificamos nossas palavras, pois estaremos adquirindo conhecimento.

Isvara Pranidhana, talvez, seja o mais difícil de pôr em prática, já que envolve uma total entrega ao Divino. Fazer de nossas ações uma oferenda à Deus, ao absoluto (ou como você queira chamar). Sendo assim, quando as ofereço ao Criador, me torno um devoto, não atuo de forma egóica, pois reconheço que tudo vem Dele e tudo pertence à Ele. Fazendo das ações, atos devocionais, orientados pelo Dharma, purifico minha mente e assim, pratico Bhakti Yoga. Nos ajuda nessa atitude de oferecimento à Deus, o cultivo de um altar para nos recordar que há um propósito maior, mais elevado na prática e que ela não está isolada e nem desconectada do Todo.

Então, muito mais do que a estética e a beleza dos asanas, o BELO no Yoga está em uma prática constante e disciplinada, em uma atitude de descoberta do Eu, com o fogo purificador do autoconhecimento onde cada ação é uma ação devocional. Se conseguirmos conectar tudo isso na prática, ela, sem dúvida, será uma prática avançada, pois ser avançado no Yoga, independe da complexidade e da forma externa que o seu corpo se coloca ao fazer uma postura, depende sim da sua conexão e atitude perante a sua prática.

OS 4 PURUSHARTHAS – objetivos da vida humana na visão dos Vedas

OS 4 PURUSHARTHAS – objetivos da vida humana na visão dos Vedas 1200 801 Kaka

Para os Vedas nós temos 4 objetivos na vida humana.

ARTHA

O primeiro, Artha, está relacionado à riqueza e prosperidade material. Significa as coisas que você precisa para se manter vivo e saudável. Está relacionado à segurança e a busca por um trabalho para garantir sustento para você e sua família. Importante ressaltar a visão de Artha não como um fim de si mesmo, mas sim como um meio para o fim. O trabalho que você escolher fazer precisa ser algo que você retribui para a sociedade, não deve ter uma conotação egoísta focado somente no poder econômico pessoal, mas sim algo com visão mais coletiva de forma a beneficiar a todos.

 

KAMA

O segundo objetivo é Kama, o desejo, o prazer pelo gozo da vida. Uma vez que você já tem o sustento garantido, não precisa lutar pela sobrevivência, você tem estrutura e tempo para usufruir da vida. Dizem que o Universo inteiro foi criado por causa de um desejo, então Kama é o combustível para tudo nessa vida humana. Quando em desequilíbrio, temos apego aos prazeres e ficamos incessantemente na busca por satisfazer nossos desejos. É preciso muito cuidado para mantermos os valores e o olhar para o nosso arredor para não nos perdermos no caminho e mantermos uma abordagem apropriada e benéfica para todos.

 

DHARMA

O terceiro, Dharma, significa verdade, o jeito correto de viver e os comportamentos humanos necessários para manter a ordem no mundo. É o caminho que você deve seguir, o seu propósito. Uma vida que vai de encontro com a ética Universal, onde se tem consciência e percepção que todas as escolhas impactam tudo e a todos.

Uma vez que você já tem o sustento garantido, o tempo e a disponibilidade para aproveitar os prazeres da vida e já percebeu que ambos, Artha e Kama, precisam estar equilibrados e relacionados ao todo e não somente beneficiando o individual, então suas ações começam a ser mais globais, seguindo o Dharma. Você percebe que existe uma lei no Universo, que você faz parte e naturalmente tenta se encaixar nela. É nesse momento que começam as buscas por práticas de autoconhecimento, de forma a nos preparar para essa nova consciência.

A partir de então, com esse olhar coletivo e essa percepção que você não está separado do todo e que você é um ser puro, perfeito e ilimitado, se passa para o quarto objetivo.

 

MOKSA

É  a libertação. Da ignorância, do sofrimento, da morte e da obrigatoriedade de renascer. Tem a ver com desconectar de tudo, mesmos das coisas que entendemos como sendo importantes e relevantes, porque compreendemos que a vida é algo temporário. É o momento que você se percebe fazendo parte do todo e tem acesso total ao potencial humano de criatividade, compaixão e compreensão.

Yoga e Respiração

Yoga e Respiração 1200 886 Kaka

A respiração é o pilar básico para nossa existência e também para a prática de Yoga. Sem respirar não sobrevivemos e obviamente todos nós, vivos neste mundo, estamos o tempo todo respirando. Mas, quase sempre é de forma automática. O corpo humano, nosso organismo perfeito, sabe que precisamos de oxigênio, então ele funciona de forma que nós, indivíduos, deixamos esse trabalho de inspirar e expirar para ele, sem dar muita atenção. Muitos passam a vida toda sem nunca observar sua própria respiração e sem saber tudo o que ela é capaz de gerar se a fizermos de forma consciente.

Não é à toa que a primeira aula de Yoga sempre começa com a respiração. Você aprende a respirar, sentindo o ar entrando e saindo dos seus pulmões, devagar, sem pressa. Aos poucos você vai sentindo o corpo relaxar, os batimentos cardíacos desaceleram e as flutuações da mente se acalmam.

Quando você inicia a prática de asanas, a respiração acompanha os movimentos e oxigena o sangue e todas as suas células até chegar ao cérebro, que favorece o estado meditativo e cria estímulos físicos auxiliando no processo de construção das posturas e de uma mente mais presente e consequentemente gera uma enorme sensação de bem-estar, que reverbera por um bom tempo no seu organismo mesmo depois de terminar a prática.

Com uma simples respiração mais consciente, conseguimos alterar o funcionamento do nosso sistema nervoso, auxiliando em uma melhora na saúde mental em situações de angústia, depressão e ansiedade. Por exemplo, se observarmos nossa respiração em situações que estamos com medo ou nervosos, notaremos ela acelerada e curta, o que consequentemente acaba aumentando ainda mais aquela sensação de desespero. Ora, se os sentimentos angustiantes impactam nossa respiração, a recíproca também é verdadeira. Ao usarmos o ato de respirar de forma controlada, conseguimos alterar os fluxos nervosos do nosso corpo, acalmando nossa mente, permitindo um pensar e um agir mais calmo, coerente e saudável.

No Yoga técnicas e exercícios de respirações (pranayamas) são utilizadas há milhares de anos como forma de aumentar o foco, a presença e a vitalidade. Esses Pranayamas nos conectam diretamente à energia vital que compõe nosso corpo e tudo à nossa volta, nos permitindo um maior entendimento de nossas emoções e pensamentos, tornando nossas ações conscientes e melhores.

Como montar um Altar Devocional

Como montar um Altar Devocional 801 1200 Kaka

Um altar não está ligado a idolatria ou a endeusar uma entidade ou uma pessoa. A prática de montar e manter um altar devocional é uma forma de criar uma conexão espiritual com algo superior e energizar o espaço de prática de yoga e meditação.

Para montar um altar devocional escolha um espaço nobre na sua casa ou no seu shala que não tenha muita interferência. Lembre-se é para ser um lugar sagrado, de práticas e de estudos.

Escolha objetos que façam sentido pra você e que te conectam com uma energia superior. Podem ser estátuas e imagens de deidades com Shiva e Ganesha ou até mesmo fotos dos seus professores ou daqueles que representam a linhagem do método que você segue e a quem você agradece.

A iluminação é muito importante, pois representa a luz que ilumina na escuridão ou que desperta para o conhecimento. O mais comum são as lamparinas, já que a orientação é o fogo apagar sozinho. Mas, a intenção conta muito. Então, se preferir usar velas pode também. Mas, sempre que for apagá-las peça licença, mostre respeito e nunca apague diante das deidades.

Incensos e flores são oferendas para o altar e podem e devem ser usados. Cristais e outros objetos também, desde que façam sentido pra você. O altar pode ser bastante pessoal, desde que sempre sejam lugares sagrados e respeitados.

Montado o seu altar é hora de manter a prática de rituais, seja evocando mantras de sua preferência, mantendo-o limpo e organizado, trocando flores, meditando e mantendo toda a energia que um altar merece.

Introdução ao Método Ashtanga Yoga

Introdução ao Método Ashtanga Yoga 801 1200 Kaka

Quando se inicia a prática de Ashtanga Yoga, normalmente começamos pela parte física, pelos asanas (posturas). Logo no início já é possível sentir seus benefícios, mas muitas vezes não entendemos o por quê nem como funciona toda essa transformação física e mental.

Por isso, é importante compreender o funcionamento do Tristana, a base da metodologia do Ashtanga Yoga. Podemos explicá-la como uma ferramenta que guiará toda a sua prática.

O Tristana é formado por três partes: a respiração, os asanas e o drsti (foco do olhar). Esses pilares transformam uma simples prática física em uma experiência que conecta mente e corpo, permitindo a prática se tornar meditativa e repleta de benefícios à saúde física e mental.

Respiração

No Ashtanga tudo começa com a respiração. Todo o movimento é conectado com a inspiração e a exalação. A contagem do tempo é feito através dela assim como toda movimentação do corpo durante a prática.

Utilizamos um método de respiração livre, que é nasal, então inspiramos e exalamos sempre pelo nariz, nunca pela boca, em que o ar passa pela garganta emitindo um som sussurrante. Tentamos fazê-la de forma consciente e ritmada (mesmo tempo de inspiração e expiração), para alcançarmos uma calma e equilíbrio. Conseguimos, dessa forma, manter a mente e o corpo estáveis para a execução das posturas.
Com o tempo, é possível alcançar respirações mais longas e profundas, que ajudam a ativar o nosso fogo digestivo, que é responsável por liberar toxinas do nosso corpo.

Posturas

A segunda parte do Tristana são as posturas, os asanas. No Ashtanga, nós seguimos uma metodologia tradicional que conta com diversos grupos de posturas. Então, cada aluno iniciará sua prática com um grupo de posturas passado pelo professor. No decorrer da prática, você vai entendendo àquelas posturas, o corpo vai se adaptando, fortalecendo e se começa a entender, também, a respiração dentro de cada movimento. Depois, quando você estiver preparado, receberá a nova postura e assim, vai evoluindo na sua prática.

Considerações muito importantes: o Ashtanga Yoga é um método bastante individualizado, que permite cada praticante fazer sua prática dentro do seu tempo e suas limitações. O que pode ser muito fácil para uma pessoa pode ser muito difícil para outra. Dessa forma, cada um vai trabalhando nos seus desafios. Outro ponto a ser ressaltado é a importância do professor, que irá te guiar nesse caminho. Não há outra alternativa senão com a orientação de professores sérios e capacitados a lhe passar os ensinamentos do método (parampara).

Drsti

A terceira parte é o Drsti – o foco do olhar enquanto estamos praticando. Esta etapa nos ajuda a manter a mente estável e focada, evitando distrações externas e atrapalhando o fluxo da prática, além de manter a energia circulando no corpo, já que para onde olhamos é para onde levamos nossa energia.

Os Drstis são nove: umbigo (nabhi drsti), nariz (nasagra drsti), para cima (rdhva drsti), terceiro olho (brumadhya drsti), canto do olho esquerdo e canto do olho direito (parsva drsti), dedão (angusta drsti), dedo médio (hastagra drsti) e dedão do pé (padagra drsti).

Há ainda dois elementos que estão relacionados ao Tristana: O Vinyasa, que está conectado à respiração e os Bandhas, conectados às posturas.

Vinyasa

O Vinyasa é a sincronização do movimento com a respiração, que tem como propósito a limpeza e purificação interna. Através desta combinação, o corpo vai aquecendo, criando um calor interno que vai varrendo as toxinas mais superficiais para a pele, que vão sendo eliminadas através do suor.
Em um estágio mais avançado, aquele sangue denso, com excesso de toxinas, começa também a se mover para as extremidades. O sangue vai afinando e circulando livremente de forma mais saudável e puro pelo nosso corpo. Por isso, muitas vezes a qualidade e o cheiro do nosso suor vão mudando ao longo dos anos de prática. Ou seja, a prática correta do vinyasa tem a capacidade de limpar e purificar desde a superfície até a parte mais profunda do nosso corpo.

Bandhas

Os bandhas são como fechos ou contrações de determinadas áreas do nosso corpo que evitam a dispersão da energia vital, conduzindo a respiração e mantendo o corpo aquecido, além de manterem uma estabilidade, protegendo a coluna durante a prática de asanas

São ações bastante complexas, mas que com o tempo de prática, quando feita de forma regular e apropriada, é possível incorporá-las.
No Ashtanga, trabalhamos principalmente com três bandhas: mula bandha, uddiyana bandha e jalandhara bandha.

Mula Bandha: está associado ao chakra raiz e ao momento da expiração. É uma contração interna ativada no assoalho pélvico que mantém os órgãos do baixo ventre suspensos. Traz força e estabilidade para o corpo e seus movimentos.

Uddiyana Bandha: está associado à inspiração e a musculatura da parede abdominal inferior. É uma ação que expande a caixa toráxica e eleva o prana para cima. Traz leveza para o corpo e seus movimentos.

Jalandhara Bandha: É uma “trava” na garganta e é realizado somente em práticas mais avançadas quando já se está apto a praticar os pranayamas. É ensinado de forma individual para cada aluno, conforme a tradição do método.

É importante ressaltar que todas essas etapas devem ser praticadas simultaneamente durante toda sua prática.

Sempre siga as orientações do seu professor.

Pratique, pratique e tudo virá!

Yin Yoga. Uma prática silenciosa e introspectiva

Yin Yoga. Uma prática silenciosa e introspectiva 2000 1117 Kaka

 

 

 

O Ashtanga Yoga em Florianópolis

O Ashtanga Yoga em Florianópolis 2000 1334 Kaka

O Ashtanga Yoga é um método de Hatha Yoga muito profundo e transformador.

Tendo como foco principal a respiração sincronizada com uma sequência de movimentos pré estabelecidos e fluídos de acordo com o ritmo indivídual de cada praticante.

Para que o aluno possa absorver todos os benéficos dessa prática, é necessário uma instrução que siga os princípios tradicionais do método, uma Escola que ofereça aulas da maneira como o Ashtanga Yoga é ensinado na cidade de Mysore, ao sul da Índia.

O Samatva Yoga surgiu exclusivamente com este propósito, afim de proporcionar essa oportunidade a todos os praticantes que almejam o auto conhecimento, bem estar e uma vida mais consciente através da prática de Yoga. 

No ano de 2012, inauguramos nossa primeira Escola no centrinho da Lagoa da Conceição, com aulas diárias em diversos horários, cursos e workshops com professores renomados vindos de diversas partes do mundo, grupos de estudos e meditação.

Ao longo desses anos de atividades, com cada vez mais adeptos a prática de Yoga, percebemos a necessidade de tornar o método acessível a um número maior de pessoas, abrindo uma extensão da Escola no coração da Ilha.

Entre os dias 14 e 21 de Janeiro de 2017, teremos uma programação especial de inauguração aberta à comunidade. Serão aulas regulares, vivências e palestras preparadas com muito carinho e dedicação para todos vocês.

No dia 30 de Janeiro, abriremos nossas portas com uma ampla grade de horários, professores qualificados e um ambiente adequado, criado exclusivamente para ser um espaço de Yoga no centro de Florianópolis.

Venha praticar com a gente, acesse nosso site de apoio e cadastre-se para receber informações detalhadas sobre a Inauguração.

www.ashtangayogafloripa.com.br

Porque Yin por Marina Boni

Porque Yin por Marina Boni 2000 1242 Marina Boni

Olá Yogis e Yoginis,

Eu sou uma novata neste mundo blogueiro, mas mesmo assim gostaria de trazer neste espaço, informações que sejam talvez, úteis nos nossos caminhos!

Gostaria de deixar não somente mensagens sobre o que me inspira, sobre o estilo de vida do Yoga, como sua filosofia, dicas de livros, instruções para a prática de meditação, yoga nidra, benefícios das posturas (asanas) e pranayama (exercícios de respiração); mas também mensagens que nos façam refletir e questionar as escolhas e atitudes no nosso dia-a-dia. 

Acabo de voltar de um treinamento intensivo em Yin Yoga com os professores Paul e Suzee Grilley que tive imenso prazer em conhecer numa das viagens à Tailândia. Além destes professores, nesses treinamentos também conhecemos pessoas maravilhosas que de alguma maneira marcam nossa vida.

Numa das discussões com colegas que compartilham nosso estilo e caminho nesta vida, discutíamos o porque do Yin. A resposta foi outra pergunta:  Porque não?

Minha primeira aula de Yin foi na Tailândia em 2009. Não tinha conhecimento do como era o método, mas por sugestão de uma colega apareci em uma aula. Apesar de sentir que meu corpo tinha sido atropelado por um caminhão após a aula, desde então pratico regularmente!

No Taoísmo, todo o Yin tem um pouco do Yang e todo o Yang tem um pouco do Yin. Estava eu, naquele ano de 2009, precisando achar esta dinâmica,  achar a outra metade! Creio que de alguma forma, todos precisamos de um pouco de Yin nas nossas vidas tão Yang! Vidas ativas, onde nāo nos proporcionamos momentos de silêncio e observação. Porque estamos sempre tentando nos manter ocupados? O ócio pode nos dar espaço para refletir e traçar novas metas. Sonhar acordado pode ter suas descobertas.  

A aula de yin pode ser definida como intensa mas de pouco esforço. Bom depende …, para quem já veio numa aula sabe! O tempo durante uma aula, pode ser dedicado à observar as sensações físicas, pensamentos e/ou seguir o fluxo da respiração. 

Muitas vezes nos deparamos com mensagens conflitantes do corpo e da mente, notamos a presença de aversões e desejos, e as vezes observamos que queremos algo diferente daquilo que estamos fazendo ou já temos. Encontramos a nossa sombra, a mente que pula de galho em galho. O ponto aqui é de propositalmente trazer a mente à um lugar mais sereno e tranquilo! O nosso lado Yin!

Nos vemos no tapetinho.

Marina Boni ministra aulas de Yin Yoga e meditação no Samatva Yoga, confira nossa grade de horários e participe.